Orquestra Sinfónica Juvenil no Pax Julia – Teatro Municipal
Antes de começar com essa minha crónica (traço) crítica sobre esse espectáculo sinto-me na obrigação em deixar aqui um esclarecimento. Essas intervenções que aqui escrevo espelham apenas e só a minha opinião sobre os assuntos tratados, sejam sobre espectáculos que visito, participo ou que vejo na televisão. É por isso que por baixo dos textos aparece a etiqueta “opinião”, além de mais, isso é apenas e só um blog pessoal, peeenso eu de que!
A Orquestra Sinfónica Juvenil existe desde 1973 e esteve esta noite em palco no nosso Pax Julia – Teatro Municipal num assim designado Concerto de Ano Novo – Gala de Ópera. Dos actualmente 90 elementos desse conjunto apareceram em Beja cerca de 50 para tocar peças de compositores italianos, de Verdi, Rossini e Puccini. Os solistas convidados foram Sandra Medeiros (soprano) e Armando Possante (barítono), a direcção coube a Christopher Bochmann de nacionalidade britânica mas radicado há cerca de três décadas em Portugal, maestro que, como curiosidade, dirige sem batuta!
Mas, minha gente, tão poucos espectadores? Será possível que música dessa qualidade e gabarito atraia tão poucas pessoas? Realmente, por vezes me questiono para quê é que existe um teatro como este numa cidade como a nossa! Um concerto desses merecia muita mais atenção por parte dos bejenses e daqueles que vivem nos arredores da cidade, digo eu!
Claro que as cerca de cinco dezenas de gente maioritariamente jovens não se deixaram intimidar por tão fraca assistência, proporcionaram um excelente espectáculo, mesmo com aparentemente tão pouca experiência nessas andanças. A música fluía tão bem, tão bem que por vezes me sentia “remetido” numa qualquer sala de ópera italiana...gostei bastante! Foi uma autêntica lavagem de alma, adorei! Os solistas também estiveram em bom plano, melhor ela do que ele, não sei se a escolha dele teria sido a mais acertada para esse tipo de repertório, além de ter pouca “pujança” na voz abusava um pouco, em minha opinião, do vibrato. Certo, a música erudita italiana usa bastante essa forma de cantar, mas não é do meu gosto pessoal. A Soprano, não. Muito mais clara e definida na colocação da voz, surpreendeu a partir da 2ª peça em que interveio com uma voz bastante forte e bonita. Certo, é uma cantora mais conceituada do que o barítono da noite, mas, num concerto em que intervêm dois solistas é quase como obrigatório fazer-se uma comparação.
Resta, para ser do conhecimento dos meus estimados leitores, colocar links de páginas na net sobre alguns dos intervenientes da noite:
Sandra Medeiros
Christopher Bochmann
Orquestra Sinfónica Juvenil
Só mais uma dúvida: Como é que se sabe, num concerto desses, se a orquestra irá tocar, ou melhor, estará disposta a tocar uma peça extra, ou não???
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Etiquetas: Beja, Crítica a Espectáculos, Opinião
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