domingo, 30 de maio de 2010

Reflexões sobre o Festival da Eurovisão 2010

Dormida uma noite sobre tanta bonita música, muita votação e informação, é tempo de tecer algumas opiniões sobre este festival que teve ontem o seu ponto alto numa grandiosa final!

Sendo este festival “comandado” pelas estações televisivas de cada país, há mil e uma histórias sobre este evento que se possa ler na internet, histórias de quase abandonos (Irlanda) e abandonos quase definitivos como é o caso da Itália e da Áustria, por variadíssimas razões! No topo, para além das razões financeiras em tempos de crise, está a maneira da votação e as suas consequentes injustiças que possam daí resultar. Porque, se um certo e determinado país naturalmente não pode votar em si próprio a nível nacional, logo, vá de pedir aos compatriotas residentes em outros países participantes votar na sua canção. É injusto porque há muitos países quase inundados de outras nacionalidades, como é o caso dos turcos na Alemanha, dos portugueses em França ou dos moldavos na Roménia. E depois, os “blocos”. O conjunto de países de leste vota quase sempre entre si e os países nórdicos também. Vendo as coisas por este prisma, quase que não interessa o valor de uma canção, interessa mais a sua nacionalidade.

Ainda bem que não é bem assim, porque, no ano passado ganhou a Noruega e não há muitos noruegueses emigrantes pela Europa fora! Logo, uma canção de um país com pouca expressão “emigratória” terá que ser forçosamente muito boa, um arraso, para ter hipóteses de ganhar. Neste prisma não sei bem como se pode “encaixar” o “caso” português. A Filipa, na 1ª semi-final obteve um excelente 4º lugar entre 17 participantes, mas na final “apenas” um 18º entre 25 canções dos 39 países votantes. Terá sido a não divulgação dos resultados exactos das semi-finais ou a maneira de pensar “estar na final já é bom” dos portugueses portas fora a razão desta relativamente má qualificação? Não sei responder a isso. E depois, como é que se explicam os 6 pontos dados a Portugal pela Letónia e os 4 pela Arménia? Emigrantes? Não creio! Por isso, a própria Filipa, no fim, disse a coisa mais acertada! Diz que é muito bom estar em 18º lugar entre 39 países! Chama-se a isso uma boa lição de humildade!

Para quem tiver interesse, muita informação sobre este festival está na wikipédia (em português)
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