A Paz no Mundo
A paz no mundo começa dentro de mim
quando eu me aceito, de corpo e alma,
e reconheço meus defeitos, com paciência e calma,
e em vez de me fragmentar em mil pedaços
eu me coloco inteiro no que penso, sinto e faço
passageiro no tempo e no espaço,
sem nada para levar que possa me prender
sem medo de errar
e com toda vontade de aprender.
A paz no mundo começa entre nós
quando eu aceito o teu modo de ser
sem me opor ou resistir
e reconheço tuas virtudes sem te invejar ou me retrair,
e faço das nossas diferenças a base da nossa convivência
e em lugar de te dividir em mil personagens
consigo ver-te inteiro, nu, real,
sem nenhuma maquilhagem,
companheiros da mesma viagem
no processo de aprendizagem do que é ser gente.
A paz no mundo começa quando as palavras se calam
e os gestos se multiplicam,
quando se reprime a vergonha e se expressa a ternura,
quando se repudia a doença e se enaltece a cura,
quando se combate a normalidade que virou loucura
e se estimula o delírio de melhorar a humanidade,
de construir uma outra sociedade,
com base numa outra relação,
em que amar é a regra, e não mais a excepção.
(Geraldo Eustáquio de Souza)
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Etiquetas: Poesia
4 Comments:
O meu comentário não tem nada relacionado com este belo poema.
Mas tendo conhecimento que ficou admirado do ferry realizar viagens entre a Madeira e Portimão em menos de 24 horas, convido-o a visitar o meu Blogue e constatar o novo ferry que efectuará as referidas viagens para o próximo ano.
Farinha:
Parece-me bem, desde que o preço esteja em conta...;)
Mas é sempre melhor do que voar naquelas latas de sardinha, peeenso eu de que :)
Poesia linda!!!
Anónimo:
:))
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