Baptizado!
Custa-me muito criticar pessoas que tenho em alta consideração, principalmente quando não têm culpas no cartório. Ainda na sequência da semana passada em que estou a preparar a nossa carrinha para as grandes viagens que se avizinham, quis mandar reparar o escape da mesma que faz um ruído incómodo em baixas rotações do motor. Ora bem, aconselhado para ir a uma oficina de escapes na assim designada Estrada da Base, para lá me dirigi para resolver o problema. Curiosamente, esta oficina pertence à mesma casa, louvada aqui neste mesmo texto da semana passada. Oficina, aliás, que era até hoje o meu lugar de eleição para esse tipo de problemas, desde já há longos e muitos anos.
Bem, ao entrar nesse mesmo lugar – ninguém à vista. Fazendo-me ouvir em alto e bom som, lá apareceu alguém da oficina ao lado. Mal deixei largar um normal Bom Dia, esse senhor disparou com um: o fulano (não sei quantos) está à frente disto agora! Perguntando pelo amigo meu (pessoa excelente em todos os aspectos) que normalmente habitava nesse lugar respondeu que se encontrara de baixa, repetindo novamente a frase: o fulano (não sei quantos) está à frente disto agora! Muito bem, dirigi-me então ao lugar do fulano (não sei quantos) quando me cruzo com outro senhor pensando que era esse senhor fulano (não sei quantos). Esse, sim, sorrindo, disse o mesmo: o fulano (não sei quantos) está à frente disto agora!
Pronto, lá encontrei finalmente o fulano (não sei quantos). Pessoa conhecida da população de outros “lides”, lá me recebeu com a sua habitual má cara, respondendo apenas com duas ou três sílabas pouco audíveis. Entretanto, chegara outro cliente, esse sim, foi atendido com todo o “rigor”, com enorme espanto meu! Mandou-o logo meter a carroça em cima do elevador deixando-me plantado ali mesmo sem qualquer resposta! Pensei para mim: serei invisível? Falei com ele, ou não? Será que já morri e ainda não me apercebi deste facto? Não! Dei um toque na carrinha com a mão só para verificar se ainda existo, ou não! Respondendo para mim afirmativamente, peguei na nossa carroça, dei meia volta e foi-me embora!
Como é sabido, também tenho um lugar onde atendo clientes. Certo, por vezes estou mal disposto, por vezes faço uma má cara! Mas nunca, repito, nunca deixo um cliente ali plantado sem uma resposta minha. E, tal como disse na edição anterior, se houver alguém que me queira criticar por mal atendimento é só dizer. Peço desculpas ao pessoal da casa-mãe, pessoas que são meus amigos já há muitos anos, mas tinha que largar essa. Resultado: fui a uma casa de escapes mesmo ao lado da minha oficina, lá, em cima do elevador, verificou-se que, para além dessa batida prontamente resolvida a baixo custo, uma das duas panelas tem o miolo solto. Embora não sendo urgente a sua solução, para onde é que acham que me vou dirigir para a substituição da mesma?
4 Comments:
Claro!
Acho que, não sei bem como, há comércios que se querem ver livres dos clientes...
van dog:
Pois, nesse caso tinha a nítida sensação que sim, parecia que ele queria que o deixassem em paz!
Nessa oficina queriam cobrar-me mais 60 euros por uma panela, que acabei por comprar e instalar numa oficina mesmo ao teu lado. Ah, e esta é de origem, o atendimento foi rápido e profissional. Nesta aqui, da estrada da base, nunca mais lá volto.
João Espinho:
Acerca de preços, não sei. Sei que lá montavam escapes de boa qualidade já que foi ali onde montei uma vez uma panela no meu (saudoso) Fiat 127-70HP que nunca mais furou. Eram outros tempos, se calhar...
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