terça-feira, 1 de maio de 2007

1º de Maio

Passou mais um dia do trabalhador, mais um dia de 1 de Maio. Tal como escrevi aqui no ano passado, este dia está carregado de história, tem uma grande importância no mundo dito livre.

Começo cada vez mais a pensar, e não sou voz única, que esses feriados têm alguma polémica, ou melhor, a sua razão de ser é cada vez mais discutível. Razão principal, em meu ver, é de se situarem a meio da semana. Logicamente não se pode deslocar um 25 de Abril e um 1 de Maio para o fim-de-semana seguinte! Mas é um facto que um feriado a meio da semana custa muito dinheiro ao nosso país, não sou só eu que o digo, pois muitos economistas são dessa opinião. Claro, um feriado sabe sempre muito bem, se sabe....

Por cá esse dia foi assinalado com manifestações por todo o país. Organizador principal, como habitualmente, foi a CGTP, sindicato esse que se aproveita do descontentamento geral da população para dizer das suas, para tentar transmitir nesses comícios as suas ideias. No fim deste mês vai convocar uma greve geral, calha a uma quarta-feira....

A campanha eleitoral na Madeira está ao rubro! Acusações e até palavras duras e pouco habituais até na Madeira marcaram os últimos dias. O Adalberto está como sempre, qualquer “entertainer” americano não faria melhor. Os comícios dele são um autêntico “show”. Curiosamente, ou talvez não, ele nos seus discursos ataca preferencialmente o governo do “contenente”, enquanto os seus adversários políticos madeirenses o atacam a ele, e nem sempre pelos melhores argumentos.

Também na Madeira, houve um caso que só a comunicação social notou. Num discurso no “bastião” do CDS/PP nessa ilha, na (saudosa) Calheta, Paulo Portas disse, falando sobre o dia do trabalhador, que “o trabalho liberta”. Ali ninguém reparou, mas os jornalistas lembraram-se da inscrição no campo de concentração Nazi em Auschwitz “Arbeit macht frei”. Certamente que ele não “invocou” qualquer frase nacionalista desses tempos negros passados, e, não que eu vá muito com a cara do PP, mas qualquer frase de qualquer político é logo metido numa “Goldwaage”, numa balança de ouro, é analisada ao pormenor!