segunda-feira, 28 de junho de 2010

Promessa




Depois, verás! O vento há-de cantar
estranhas melodias ignoradas
e a tona verde, líquida do mar,
há-de encher-se de rosas encarnadas.

O sol será mais sol, mais tutelar
a aquecer terras frias, mãos geladas,
e os vôos hão-de erguer-se pelo ar
no encantamento de asas libertadas.

Depois verás! Nem cruzes nem espinhos!
E há-de haver água em todos os caminhos
e em cada sombra o riso de um lampejo.

Há-de crescer o bem, secar o mal,
quando eu florir teus lábios de mortal
com a imortalidade do meu beijo!

(Maria Helena)
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