sexta-feira, 11 de junho de 2010

O muito que sobrou de mim!

Pouco sei do que o tempo fez de mim.
Muito entendo das voltas
que a vida me obrigou a dar.
Dos lençóis que um dia me deitei,
das mãos que me sufocaram
e dos corações apaixonados que deixei,
sobraram pequenos retalhos
que não se unem mais.
Das noites intermináveis entre braços sem carinho,
sobraram cacos que não mais se colam.
Dos dias que tanto desejei amanhecer,
hoje sinto saudades das noites
que jamais me acalentaram.
Das dores que um dia me rasgaram,
hoje resta a dormência
de um passado que correu em vão...
Deixei correr...
Permiti os altos e baixos...
Da noite hoje faço meu sossego.
Das lembranças meu impulso...
Sonhei demais...
Hoje sonho mais...
Sobrevivi...
Amei demais e hoje...
Hoje amo muito mais!
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(Andréa Maia)
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