Enxurrada...II (com adenda)

O escurecimento do céu esta tarde nada de bom previa, choveu como já há muito tempo que não, relâmpagos e trovões segundo a segundo, falhas de luz umas atrás de outras e, de repente, estava eu de “esfregona” e balde na mão para limpar a água que entrara pelo tecto da oficina quando se ouvia um estrondo de tom muito grave. Não liguei muito a isso, mas, ao descer do 1º andar se ouvia um estranho barulho vindo da rua.

Caiu um muro mesmo à frente da oficina, e, a água que corre por cima desse muro (sim, leram bem, passa ali uma ribeira...) se abatia pela Rua das Micro-empresas! Não “satisfeita”, as pedras caídas desse muro fizeram uma espécie de lago e, como consequência, 4 das 6 oficinas nessa rua ficaram inundadas! A minha se “safou” por 3 centímetros...está um pouco mais alta. O armazém do vizinho (Bejévora) “apanhou” cerca de 20 e a Carpintaria do Sr. Mata umas 10 centímetros de água. Os prejuízos são, como devem imaginar, bastante avultados!

(As imagens são bastante escuras, tenho que trocar de máquina!)

Porém, não é por falta de aviso que isto aconteceu! Há anos reclamámos que esta situação um dia pudesse acontecer, mas, o empreiteiro de então, sempre fez “ouvidos mocos”. É assim...
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Adenda:
Logo pela manhã, o nevoeiro mal disfarçava a desgraça que caíra literalmente sobre a Rua das Micro-empresas! Também, logo por essa hora, a Protecção Civil continuara de imediato o bom trabalho feito ontem à noite, tentar remover por completo as placas de cimento do muro caído.



Como disse, o muro e a lama fizeram uma espécie de barreira, inundando o armazém dos meus vizinhos em cerca de 20 cm. A retroescavadora chamada logo após a queda abrira com sucesso um canal para que essa água escoasse, agora, falta só o “resto”, ou seja, remover o que resta deste muro e, claro, para os meus vizinhos, limpar os armazéns e – fazer contas à vida!



Por falar em desgraças. Os profetas dessas desgraças, ou seja, os jornalistas (neste caso os da RTP, e, não, não fui entrevistado!), não perdem tempo, aparecem sempre quando há algo de mal. Nada contra, é o trabalho deles, porém, em situações dessas – não sei...

Só mais um assunto. Honra seja feita ao Presidente de Câmara de Beja Pulido Valente e ao Vereador José Velez que apareceram ainda ontem à noite para se inteirar da situação. Claro que o muro caído não é da responsabilidade do actual executivo nem do anterior, mas fica lhes bem aparecerem nestas alturas, faz-nos sentir que se preocupam connosco.
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