sexta-feira, 10 de julho de 2009

Aqui fui: Clarisse - resumo

Nascemos sós e nus

Faremos um caminho vivido
- sulcado pelas escolhas

Posses, perdas, alegrias
sofrimento, gritos
gemidos, choros

Morreremos sós...



Forte, essencialmente forte, e, claro, emotivo. Aterrador, talvez. Porém, ainda não sou português “suficiente” para entender todas as entrelinhas da peça, todas as mensagens que ela tenta transmitir. Autodidacta em termos de comentar espectáculos e eventos (algo que falta, jornalisticamente falando, na nossa cidade), à medida que os vou visitando, vou apreendendo também!

Pois é, esta noite, ali nesta bem visitada Casa Amarela, os espectadores tiveram muito que apreender também, falou-se e cantou-se sobre a morte, esse aterrador sentimento tão banido e pouco falado na nossa sociedade! Para mim, é das coisas mais naturais do mundo, é: nascer – viver – morrer, nada de mais natural. Digo sempre – se for amanhã – olha, que seja...

Claro, na peça da autoria da Arte Pública (e não da companhia Chão da Oliva de Sintra como na Antena 1 fora referido) essa morte é transmitida de outra forma, em forma teatral, musicalmente sublinhado. “Guiado” por Adail (o excelente actor Paulo Duarte), acompanhado de piano pelo meu amigo Ângelo Martino e Jorge Teixeira no Violoncelo, duas vozes masculinas a fazer de “eco” (um tenor e um barítono, penso eu, na pessoa de Paulo Carrilho e Nuno Nogueira) e claro, a bonita voz pela não menos bonita Isabel Moreira! Mais palavras para quê! Tudo apresentado num cenário muito bem conseguido e digno da temática!

Em ocasiões dessas, depois costuma haver um pequeno convívio. Muita gente musicalmente entendida deu bons conselhos e principalmente elogios aos actores e promotores da peça. Até o conhecido Padre Cartageno não quis faltar à estreia da peça aqui em Beja! Gostou bastante, porém, a visão da morte dele é algo diferente, naturalmente, tem uma vertente de esperança, já que, na igreja católica a vida é apenas uma passagem, a morte é a porta para a eternidade!

Quem não viu e está a ler estas linhas estará a ficar curioso, naturalmente. Por isso, nada melhor do que ir ver a peça, está em cena amanhã e sábado, e ainda nos dias 16, 17 e 18 de Julho. Não percam!

Eu? Pois, ainda não disse! Claro que gostei, bastante até. Pudera! Sou fã deste grupo já há muito tempo. Depois, pois, a minha ida ao dentista desta manhã fez estragos, tive que sair depressa para tratar essas feridas com Tantum Ergo – não, Verde...
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Adenda (correcção)

A dor de dentes tem essas coisas – é que, a falta e um “t” altera bastante o sentido de uma frase, não reparei, as minhas desculpas! Claro que o Padre Cartageno não quis faltar e muito quis falar do assunto, já alterei essa palavra!

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