quarta-feira, 17 de junho de 2009

Divulgação – Aqui Fui: Clarisse


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Uma jovem mulher prepara-se para levar os seus dois filhos à escola: é dia de récita. As crianças, vestidas de duendes, brincam, aos pulos, na cama. Clarisse, a Mãe, está vestida de fada, pronta para participar naquele momento de fantasia.

Lembra-se então de que, antes de sair de casa, terá de colocar os sacos de lixo no contentor. Ei-la, vestida de ser mágico, a cumprir as rotinas diárias dos pobres mortais. Clarisse dirá “Até já” aos filhos, enquanto fecha a porta do apartamento, desconhecendo que será, para sempre: “até sempre” - e que, quando pisar a rua de alcatrão saindo do empedrado do passeio, estará, de facto, a passar uma fronteira: a daquilo a que chamamos de vida, para aquilo a que nos habituámos a chamar de morte.

Debruçando-se sobre a impermanência e o efémero, a fragilidade das nossas convicções acerca da vida, construídas por sucessões de hábitos e de rotinas, AQUI FUI: CLARISSE.
É um poema onírico que se instaura cenicamente através do diálogo entre a música, o canto, a representação e os universos sonoros e visuais, guiado por Adaíl – Aquele que mostra o Caminho – no momento do inesperado passamento de Clarisse - cuja consciência atravessará os estádios de estranheza – do espaço e do tempo – de negação, de talvez discernimento, de interrogação, de recordação, de apego e hesitação - até à aceitação da sua morte física.

Da autoria de Gisela Cañamero, a proposta dramatúrgica é ancorada nos pressupostos de um dos principais intérpretes do budismo tibetano no ocidente, Soyal Rinpoche, e, poeticamente tocada pelos universos de Clarice Lispector, David-Mourão Ferreira, Ruy Belo ou de António Franco Alexandre.


Calendário das actuações:

Sintra – Casa de Teatro de Sintra – Companhia Chão de Oliva

25 a 28 de Junho; e 2 a 5 de Julho

Beja – Casa Amarela – Companhia Arte Pública

9 a 11; e 16 a 18 de Julho


Ficha Técnica:

Texto, Música e Encenação: Gisela Cañamero
Outros poemas: As Fadas de Antero de Quental e E por vezes de David-Mourão Ferreira
Outra música: Les Fils dês Étoiles de Erik Satie
Interpretação:
Clarisse:
Isabel Moreira
Adail (aquele que mostra o caminho): Paulo Duarte
Voz de Criança: Gonçalo Ramos
Piano: Ângelo Martino
Violoncelo: Jorge Teixeira
Direcção Musical: Isabel Moreira
Arranjos Musicais: Isabel Moreira e Filipe Vieira
Direcção Técnica: André Rabaça e José Manhita
Sonoplastia: José Manhita
Videoplastia e Luminotecnica: Rafael Del Rio
Produção Executiva: Nuno Correia Pinto e Raul Bule
Co-Produção: Arte PúblicaChão de Oliva 2009
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Fonte cartaz, texto e dados: Arte Pública
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2 Comments:

At 17 junho, 2009 21:26, Anonymous Anónimo said...

visitem http://evoraterraportuguesa.blogspot.com/

 
At 17 junho, 2009 23:50, Blogger Zig said...

lidador:

Ok...

 

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