Coro Gulbenkian
No âmbito do 5º Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo “Terras Sem Sombra”, o Coro Gulbenkian deslocou-se à nossa cidade de Beja para apresentar um concerto, neste caso o do encerramento desse festival, na Igreja de Santa Maria da Feira. Dos cerca de 100 elementos que este coro oriundo da capital portuguesa actualmente dispõe, 29 se apresentaram nesta completamente lotada igreja para interpretar peças litúrgicas de compositores brasileiros ou luso-brasileiros dos séculos 18 e 19. O coro fora acompanhado por um contrabaixo e um pequeno órgão de igreja que, penso eu, era para ser um cravo. A direcção pertenceu ao maestro Jorge Matta. Esse concerto se intitulou “O Esplendor Luso-Brasileiro nos Finais do Século XVIII e princípios do XIX”.
Claro que a minha pessoa não podia faltar num concerto desses! A minha e a grande parte do meu coro! Pelas minhas contas, o coro em palco, neste caso no altar, esteve bastante equilibrado no que toca à divisão nos naipes, apenas os baixos contavam com 8 elementos, ao contrário dos 7 dos restantes naipes. As peças foram todas acompanhadas pelos 2 instrumentos acima referidos, claro que não tenho a certeza se o órgão utilizado era para ser um cravo, mas nessa época o instrumento desse estilo mais utilizado era de facto um cravo. Seja como for, desses 29 profissionais de música (ao contrário dos coros amadores, um coro desses normalmente é composto por profissionais dessa área) não se podia esperar outra coisa se não uma excelente actuação. Mantido em Latim (exceptuando a última, que “devido” aos prolongados aplausos do público tiveram que cantar uma da qual nem tinham trazido as pautas), cantaram com uma afinação impar, com um rigor de execução raramente visto! Durante a actuação destacaram-se ainda alguns solistas que também estiveram em bom plano.
Fiquei, ficámos todos absolutamente fascinados com este coro. “Bebi” cada nota que saíra de cada uma dessas 29 gargantas! Como devem imaginar, já ouvimos largos dezenas de outros coros, nem sempre amadores, mas esse supera todos, sem dúvida alguma. Se calhar estou a exagerar, não sei, mas adorei de estar esta noite nessa igreja! Agora, permitem-me só dizer uma pequena achega!
Ó senhora doutora de um certo e determinado bairro chiquérrimo da nossa urbe: é DESSAS bebedeiras que apanho, verdadeiras bebedeiras culturais, e não das outras que a senhora me acusa sem me conhecer absolutamente de lado nenhum!
Tenho dito!
2 Comments:
:)
(nota: se precisares da ajuda para pôr alguém na linha, chama-me! Sou um fantástico perseguidor de canelas... ;)
Van Dog:
Olha, um certo e determinado colega teu parece que já está a fazer esse trabaldo - é só vê-la :))
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