terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Tão fugaz...



Teu rosto desenhou-se na vidraça...
minha mão quis tocar-te por instantes,
de repente, tudo se desvaneceu.
Desenhei-te ansiosa em minha mente,
novamente, insistentemente...
e te abracei tão furtivo quanto a luz,
tão amoroso quanto a brisa
daquela noite em Mykonos.
Consenti-te em meu silêncio,
tão queixoso quanto o pranto,
tão formoso e tão distante,
tão brilhante e tão remoto,
tão ausente como tu!
Inesperado e repetido suspiro,
tão fugaz quanto a ilusão.


(Ceres Marylise)