domingo, 16 de março de 2008

O tema de hoje

O tema escolhido para o texto desta noite muito bem podia ser o “Conta-me como foi”! Acabei de assistir (como certamente milhões de portugueses) a mais um excelente episódio desta série portuguesa de (quase) ficção. O assunto de hoje foi a ida à lua por parte de astronautas americanos, com o Carlitos a fazer das suas, para variar. Tendo tido eu a mesma idade desse moço nessa altura, lembro-me perfeitamente dessas imagens vindas da lua, e embora não os tivesse visto em directo pela noite dentro, lembro-me de os ter visto num telejornal da TV alemã quando estávamos de visita em casa de uma tia minha.

Pois, o amor esteve de novo em destaque nesse episódio, mas pela negativa. A Isabel, pelos vistos, ainda não se esqueceu do “seu” inglês (eram outros tempos...), o engenheiro Ramires andou às voltas com as autoridades e pediu ajuda ao seu “braço direito” para salvar o seu bom nome, mas a imagem final com o Padre a segurar a mão de Vitória que estava à espera do seu possível futuro companheiro, falecido nessa mesma noite, valeu pelo episódio todo, foi...simplesmente emocionante!

Bem podia ainda falar dos tristes episódios que continuam a acontecer na vida política portuguesa. Sem me querer alongar muito, o PCP continua a bater na mesma tecla, o PS continua no seu auto-louvor em que mesmo só os mais fieis seguidores da linha Sócrates acreditam, mas o pior continua a ser o PSD. Primeiro muda a cor do partido, agora quer abolir as quotas dos militantes. O quê é que virá a seguir desse dito líder dos bases do partido? Porém, o assunto principal desta noite é o atropelamento de 4 crianças na invicta!

Penso que Portugal inteiro ficou chocado com esta notícia! Ontem, à tarde, quatro crianças com idades compreendidas entre 6 e 14 anos foram atropeladas numa passadeira de peões por um taxista que, após o acidente, se pôs em fuga. Três das quatro vítimas deste lamentável acidente estão fora de perigo, mas o mesmo não se pode dizer de uma menina de 12 anos que está no hospital, em coma, com prognóstico muito reservado. Esperemos que sobreviva!

O meu pensamento de hoje vai, para além das 4 crianças, para aquele taxista. O quê é que se terá passado na cabeça desse homem de 44 anos? Alcoolizado (o que se veio a verificar apenas mais tarde) e em excesso de velocidade, não terá visto essa (pequena) gente na passadeira e não parou! Alegadamente, é frequente nesse lugar o desrespeito por peões, mas, nada justifica um acto desses! Não parou, porquê? Nesses segundos, quais é que terão sidos os pensamentos de uma pessoa dessas? Foi instinto? Foi pensado esse acto de não parar? Estava com consciência que conduzia sob efeito de álcool? Pensava que não ia ser apanhado? E depois? Entregou-se porque sabia que a PSP o iria descobrir? Pensava que o nível de álcool já teria baixado o suficiente após essas quase duas horas, o que não aconteceu?

Perguntas e mais perguntas, quase todas elas sem respostas! Foi “apenas” mais um acidente para adicionar à enorme estatística de acidentes rodoviários com feridos (e esperemos, mais uma vez, que se fique por aí!), mais dois feridos graves e mais dois ligeiros (sempre me perguntei quem é que decide sobre essa separação da gravidade dos acidentados). Enfim!