Estatísticas

Já falei desse assunto aqui várias vezes, eu sei! Falo das estatísticas da sinistralidade nas estradas do nosso país que estão sempre nas primeiras páginas principalmente em épocas festivas como aquela que está a terminar. Umas vezes são melhores, outras vezes piores, os números de mortes e feridos graves e leves nos acidentes de viação. E sempre, mas sempre, aparece um Sr. Guarda ou um sr. secretário de estado ou ministro (maiúsculo e minúsculo, repararam?) a falar sobre esse assunto na TV. Desculpem, mas já chateia! Ora se lamentam, ora se congratulam, conforme a muita ou pouca gravidade dos números.

Antes de mais, cada vítima nas nossas estradas é uma vítima amais, é algo evitável! Não há números nem há estatísticas que consigam medir o sofrimento pelo que os implicados estão a passar, porque por de trás de cada vítima há um nome, uma pessoa, uma vida estragada. E essa pessoa tem família, amigos que também estão afectados pelos acontecimentos! Por outro lado, os números oficiais dos falecidos em Portugal não são correctos já que se contabiliza um falecimento apenas dentro das primeiras 24 horas após o sinistro, se alguém vier a falecer já no hospital dias depois, já não entra nessas estatísticas. Duvido muito se a meta que esse governo quer “atingir”, a de ficar nos 10 primeiros países europeus com menos sinistralidade, assim alguma vez será conseguido!

Porém, muitos acidentes podiam ser evitados. Para além dos habituais cuidados como o de não beber álcool e depois conduzir, de circular dentro dos limites de velocidade ou de descansar nas viagens longas, o próprio veículo tem que estar em boas condições também. Um dos maiores factores de risco são os pneumáticos. Muitas vezes são puro e simplesmente ignorados pelos proprietários dos automóveis, ou então, estaciona-se de uma maneira absolutamente inacreditável como a foto demonstra. Vi essa situação perto da Igreja do Carmo e após alguns dias, o carro ainda lá estava na mesma posição! É tão simples evitar situações dessas, seria tão bom já não ouvir falar de despistes inexplicáveis nos IP’s ou IC’s...