Anúncio - Lost - PP=Paulo Portas

Há algo que não entendo neste governo, aliás, neste e nos anteriores. Estão sempre em campanha eleitoral, sempre a anunciar projectos, muitas vezes para serem concluídos daqui a muitos anos. O melhor exemplo é o anuncio do PM de hoje, onde afirma querer investir mil milhões de € na requalificação da rede das escolas secundárias em Portugal, um programa a concretizar nos próximos nove (!) anos. Claro que estou a favor desta medida, só que, daqui a nove anos ele muito provavelmente (oxalá) já não está no poder, e sabe-se lá qual será a prioridade dos senhores que se seguem. Além disso, esse tipo de obras, ou remodelações em escolas ou até a sua nova construção nem sequer deveria ser “alvo” de anuncio pomposo “primeiro-ministral”, deveria de ser natural, normal como em qualquer país. Mas não, o PM de Portugal gosta de mostrar serviço, tal como na Ota, no TGV etc....

É sabido que quando algo tem sucesso, é para se repetir, ou então, para fazer mais do mesmo. Assim o é na música ou no cinema. Neste caso falo de uma série televisiva de grande sucesso de nome “Lost”. Penso que muita gente assistiu à primeira série, e gostou muito, eu incluído. Depois, claro, houve uma segunda, com cenas e desenvolvimentos que, em meu ver, quase roçaram no ridículo, tudo isto combinado com as trapalhadas nos horários de transmissão na RTP. Anunciaram o último episódio, que afinal não era, e com isso tudo perdi (lost) mesmo esse último episódio. Agora, imaginem só, haverá uma terceira série! Nesses episódios acontecerá o quê? A queda de um novo avião? Envolvimento de extraterrestres? Haja paciência....

Ainda por cá, o país ficou estupefacto com os acontecimentos no partido político CDS/PP. Houve mesmo acontecimentos terceiro-mundistas, das agressões verbais por pouco não se passou à acção. Já vimos cenas dessas no Coreia do Sul, ou (penso eu) no México, mas não em Portugal. E tudo porque alguém que há dois anos atirou a toalha ao chão agora de repente se lembra querer voltar à liderança desse partido. Tal como acontecia no PSD com Santana Lopes, o CDS/PP está dividido internamente entre o apoio, ou não, a Paulo Portas. Não que esse facto interesse muito ao povo português, mas com palavras e actos desses quem sofre, em meu ver, é a democracia portuguesa, e a credibilidade dos políticos que já não era lá muito famosa. Não me admirava se numas próximas eleições esse partido nem chegasse a três porcento....