domingo, 12 de dezembro de 2010

Rodrigo Leão & Cinema Ensemble no Pax Julia - Teatro Municipal de Beja

A noite prometia... e se prometia, foi maravilhoso, tirando o fim, mas já lá vou! Deixem-me só deliciar (e a vocês também, claro) de novo com esta canção:



Num Pax Julia – Teatro Municipal completamente cheio, Rodrigo Leão e o “seu” Cinema Ensemble cantaram e encantaram mais de 600 pessoas no nosso teatro! O que mais gostei foi essa bonita junção que este grupo faz entre instrumentos clássicos de cordas e o delicado som de um acordeão (penso que) francês, acompanhado pelo piano do próprio Rodrigo Leão, e, as por mim considerados inevitáveis e menos boas “modernices” da guitarra baixo e baterias, esse último que é algo ruidoso e que provoca sempre um desafio para os técnicos de som!

Esses instrumentistas todos naturalmente necessitam de alguém que faça a parte vocal! Essa pessoa dá pelo nome de Ana Vieira que conseguiu dar um toque especial às melodias saídas dessa invulgar conjunção de instrumentos, cantando em português, espanhol, francês e até em russo, pelo menos foi o que me pareceu! Penso que grande parte dessas melodias é da autoria do próprio Rodrigo Leão que está naturalmente de parabéns! Claro que não necessita das minhas felicitações por ser um dos mais conhecidos compositores e músicos portugueses da actualidade, mesmo assim deixo aqui os meus agradecimentos por ter passado “à custa” dele uma belíssima noite!

Vida tão só, vida tão estranha – o título dessa conhecida canção serve perfeitamente de mote para iniciar este próximo parágrafo! Como sabem, não gosto de sair sozinho, mesmo que todos lá no teatro são meus amigos, mesmo que o espectáculo prometia! Ir só para um lugar repleto de gente é deprimente, e, ainda por cima, quando se vê dezenas de casais (aparentemente) felizes da vida! Estigma? Não sei... só sei que essa vida tão só, essa vida tão estranha já chateia!

Mas não interessa! Gostei de lá estar, adorei ver e ouvir o espectáculo! Permitem-me apenas gozar um pouco com os meus vizinhos de “ocasião”, não me levem a mal, já que fui (para variar) sem companhia “pude” observar melhor as gentes que me rodeou! Á minha direita, uma senhora que se encostara ao máximo à sua amiga, prima, ou irmã, não sei! Esteja descansada, sei-me comportar, fui bem-educado pelos meus pais! Além de mais, você nem faria o meu “jeito”! À minha frente uma senhora certamente acabada de sair da cabeleireira de tão alta estava a cabeça dela, ainda bem que sou ainda mais alto. À minha esquerda, alguém que só no fim vi que era uma pessoa minha conhecida talvez por ele ter chegado atrasado, a pessoa por trás de mim se deve ter chateado muito com a minha altura e, ainda por cima, abanava bastante com a minha cabeçola porque não consigo estar quieto por um minuto e porque vivo a música intensamente, peeenso eu de que!

E pronto, vamos ao menos agradável fim! Estava sentado no balcão e estranhei o movimento de uma das assistentes que por várias vezes teve que intervir em algo que só no fim me apercebi! Era alguém que insistiu em tirar fotografias, facto que é interdito como se pode ouvir em alto e bom som cada vez que se inicia um espectáculo nesse teatro! Mas não, esse senhor que, ainda por cima, é uma figura pública bem conhecida na cidade ocupando um lugar de grande responsabilidade, não se conteve e no fim insultou essa assistente fazendo-a desfazer em lágrimas. Como curiosidade, o rebento dessa figura conhecida também se meteu “ao barulho” (não sei se foram esses dois que constantemente falaram durante o concerto...) queixando-se ao pessoal do teatro sobre nem sei muito bem de quê, deixando uma queixa no livro de reclamações! Se houver consequências, posso servir de testemunho, sou “homem” para isso, porque a verdade tem que prevalecer!

E a noite prometia tanto... podia ser tão bonita... mas terminou como terminou... enfim!
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