quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Não se iluda...




Não se iluda com meus olhos firmes e profundos,
eles ainda sabem sonhar e vagar sem rumo por aí.

Não se iluda com meus muros intransponíveis,
eles se desmancham no ar,
ao mais leve e sutil dos toques.

Não se iluda com tamanha determinação,
ela pode se afogar no poço mais raso
da minha insegurança.

Não se iluda com o sorriso estampado no rosto,
ele pode esconder o sabor amargo
de mais um adeus.

Não se iluda com a imagem de heroína invencível,
ela é frágil, sonhadora,
e carrega lembranças pelos cantos a suspirar!

São olhos, ruínas, fraquezas e lágrimas...
Verdades tão comuns de uma mulher,
com tempos de menina...
Sobrevivente de antigas desilusões
e aberta a novas emoções.

Não se iluda...
Ainda sou essa simples criatura
que sabe e precisa amar,
mas que de tempos em tempos
se permite chorar.

Andréa Maia
.

Etiquetas: