sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Showcase - Coro de Câmara de Beja II

Quando se fala sobre espectáculos a partir do lado do espectador é mais fácil do que quando se faz parte dele. Porque, do lado do espectador se consegue manter um lado crítico e independente, e falar da “própria” casa é mais difícil.

Pois então, o “meu” Coro de Câmara de Beja esteve esta noite presente na Biblioteca Municipal de Beja na assim chamada iniciativa “Beja dá-lhe música”. São, como já tinha aqui referido, concertos “informais”, um “Showcase”, ou seja, é uma pequena amostra o que cada agrupamento presente nestes eventos consegue fazer. E assim foi! Apresentámos 6 peças, cada uma fora explicada exaustivamente pelo maestro Pedro Vasconcelos. A essa nossa actuação antecedeu uma entrevista com a Ana Freitas da Rádio Voz da Planície ao maestro, também bastante informal.

Penso que estivemos em bom plano, penso que demos boa conta do recado. Claro que as condições acústicas da cafetaria desse lugar cultural bejense não são as ideais, mas a boa disposição criada principalmente com essa entrevista e o bastante público presente facilitou bastante a nossa tarefa!

Como disse, apresentámos 6 peças, de variados estilos. Todos correram bem, até o por mim”criticado” Blue Moon saiu muitíssimo bem. Talvez se recordem que esta peça no Concerto para o Natal, com Orquestra, fora um “desastre”, mas ali, nesse lugar acolhedor, correra às mil maravilhas! Iniciámos a noite com uma peça considerada clássica, o Carmen Amicitiae, do século XVII, que é, como o nome já indica, cantada em latim. Completamente diferente seria a seguinte, bem alentejana, que curiosamente tem dois nomes. Tanto se pode chamar de Canção Alentejana ou como Fui-te ver, ‘stavas lavando. Um ponto alto é sempre o “nosso” This Train, um espiritual negro muito bem-disposto em que, no início e no fim da peça, imitamos um comboio!

Em quarto lugar se apresentou a minha preferida, ou uma das minhas preferidas, o tango argentino de Carlos Gardel, o fabuloso El dia que me quieras, uma peça romântica com uma excepção, porque partes desta peça são apresentadas por um dos nossos coralistas, pelo nosso amigo Gaitinha que, após essa peça “leva” sempre um aplauso extra, merecidamente! Não sei como é ele como advogado, mas cantar, lá isso ele sabe! Em penúltimo cantámos o acima referido Blue Moon, e por fim o espectacular Gabriel’s Oboe de Ennio Morricone, uma melodia do filme A Missão, peça que quase naturalmente “tivemos” que repetir, com muito gosto, diga-se de passagem!

Em resumo, penso que conseguimos realizar um bom evento, o inúmero público adorou, até houve por lá gente que nos ouvira mesmo pela primeira vez e ficaram fãs! E, como devem calcular, como em tudo, é bom que sejamos reconhecidos, porque isso nos dá forças para continuar!
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