sábado, 28 de novembro de 2009

Mãos Apagadas


Os afagos desviaram-se do fulgor
do encontro (d)e hoje há somente
ausências em minhas mãos...
Tento acendê-las em rimas,
elas se rebelam e tornam a se fechar
no casulo da sombria indiferença...
Rego minhas mãos com palavras,
na ilusão de que elas vejam a aurora
e possam reaprender a florescer...
No entanto, de tão apagadas,
elas apenas rogam
pelo silêncio do anoitecer...

(Marise Ribeiro)
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