Noites sem Lua
Consolo-me apenas em sentir o vento
Pele em arrepio, cabelos soltos.
No coração, o mesmo pressentimento
viajante constante de meus mares mais revoltos.
Embala-me ainda a doce melodia
de sonoros carinhos, tão mágicos violinos.
Sonho de amor no nascer de um dia
em florida primavera de nós, ainda meninos.
Assola-me agora essa cruel saudade
do que um dia imaginei eterno.
É o tempo, insistente na maldade.
Deito-me calada, tão vazia e quase nua
entregando-me , soturna à esse inverno
de noites tristes e perenes ... sem lua.
(Andréa Maia)
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Etiquetas: Poesia
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