segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Noites sem Lua



Consolo-me apenas em sentir o vento
Pele em arrepio, cabelos soltos.
No coração, o mesmo pressentimento
viajante constante de meus mares mais revoltos.

Embala-me ainda a doce melodia
de sonoros carinhos, tão mágicos violinos.
Sonho de amor no nascer de um dia
em florida primavera de nós, ainda meninos.

Assola-me agora essa cruel saudade
do que um dia imaginei eterno.
É o tempo, insistente na maldade.

Deito-me calada, tão vazia e quase nua
entregando-me , soturna à esse inverno
de noites tristes e perenes ... sem lua.

(Andréa Maia)
.

Etiquetas: