Coisitas de trânsito automóvel

Sabem qual é das experiências mais deprimidas que se possa viver como automobilista? É a de estar parado frente a um semáforo sem saber muito bem porquê, para quê e sem uma única viva alma à vista! Falo, claro, das horas madrugadoras da nossa cidade, já com luz do dia, mas com tudo quanto é semáforo bem aceso. Não podiam ser simplesmente desligados, poupava-se certamente alguma energia eléctrica e muitos nervos...

Depois, as estradas da “Tolerância Zero”! Em tempos já há muito passados um grande cartaz de promotores de segurança rodoviária! Hoje? Lá estão, já ninguém lhes liga! Podia encontrar-se novas utilidades para essas placas, por exemplo no natal, pendurar luzinhas alusivas a essa época festiva! Claro que não sou apologista da velocidade máxima permitida porque andar a 90km/h numa estrada de perder de vista chateia bastante. São estradas que, se fosse permitido 110 ou 120km/h não fazia mal nenhum. Depois, há os “professores”, os que nos têm que ensinar de como conduzir! São aqueles que andam correctissimamente à velocidade permitida, esquecendo-se que quando o tacómetro marca 90 se anda na realidade a 80km/h. No dia de hoje então, em que os stressados lisboetas regressaram à sua capital, formaram-se longas filas atrás desses professores que, ao serem ultrapassados, agradeceram este facto com uma cara sarcástica. Depois, claro, ainda há os TDI, TDDI, EXTREME, enérgicos e dinâmicos que têm que mostrar aos outros que andam numa bela máquina! Parece que não, mas ainda existem, sim senhor!

O número de acidentes aumentou! Pois é! Porque será? Será que essas duas situações acima descritas têm alguma coisa a ver com isso? Nããão, que ideia! Amanhã, já sei! Vai haver um super-perspicaz político a vir às TV’s dizer que os mortos diminuíram, como se isso fosse um sucesso. Porque em meu ver cada morte em estrada é um amais, é evitável, por vezes com pequenas medidas como não permitir a venda de bebidas alcoólicas em cafés e restaurantes perto de estradas principais. A seguir de Ourique, nas bombas da Galp, para quem conhece, no Café - Snack Bar existe um grande balde de plástico para garrafas vazias mesmo ao meio do local do atendimento, e o quê é que acham que tipo de garrafas ali impera? Isso mesmo...