O fim-de-semana passado

O fim-de-semana passado foi mesmo o primeiro em muitos meses em que não postei aqui no meu blog, pelas razões conhecidas. É como se tirassem o brinquedo preferido a uma criança, é assim que me sinto. Para mais, estão a “dar” os Jogos Olímpicos dos quais sou fã incondicional, sempre o fui. Por isso, tenho que esperar sempre pelas notícias televisivas que nem sempre aparecem a tempos e horas, e muitas vezes influenciadas por opiniões jornalísticas nem sempre acertadas.

Falando dos jogos propriamente ditos, parece que finalmente chegou a vez dos atletas, como alguém referiu. A discussão sobre os direitos humanos na China está em stand by, e ainda bem. Os atletas treinaram arduamente para chegar onde chegaram, a grande maioria deles pensa apenas nesses jogos, esperam atingir a glória olímpica em Pequim. Depois desses jogos se pode, e deve, falar de novo sobre os atropelos à humanidade nesse “gigante amarelo”.

Glória essa que infelizmente custa a aparecer para as nossas bandas. Telma Monteiro, a nossa maior esperança no Judo, foi eliminada no combate (que a podia levar para o título) com uma chinesa que é a actual campeã mundial em título e que naturalmente jogou em casa. A Telma contestou bastante a arbitragem, facto que a terá prejudicado psicologicamente no combate seguinte com uma espanhola. Esse embate a poderia ter levado para um outro (e último, penso eu...) para disputar a medalha de bronze. Perdeu, ficou-se pelo mesmo resultado de Atenas, ou seja, o nono lugar. Mas, ela ainda é nova, ainda tem muito para ganhar!

Os restantes portugueses que entraram, ou estiveram nesses jogos no dia de ontem e hoje, tiveram um quase previsível modesto comportamento. Não se pode esquecer que lá está a nata do mundo, os melhores dos melhores, e, tirando raras excepções, os nossos atletas ainda não fazem aquele sacrifício habitual noutras bandas do planeta, o de estar a 100% de corpo e mente nos treinos e nos combates ou jogos. Sem querer falar mal de Portugal e dos portugueses, mas a secular mentalidade do “deixa estar, isso está bom assim” ainda hoje se reflecte, mas está a melhorar, e ainda bem!

Mal, muito mal, é o que se está a passar na Geórgia. Aproveitar o início dos “JO” para começar uma guerra é do pior mal gosto que pode haver! Certo, nesse complicadíssimo xadrez político e territorial é difícil dizer com exactidão para que lado pende a razão, mas, guerra é guerra, e todas as guerras são sempre evitáveis! A Geórgia diz ter razão por ser o território deles, efectuando um verdadeiro genocídio que lembra os “velhos tempos” na ex-Jugoslávia. Os russos, querendo mostrar que ainda mandam nessa região, com o pretexto de proteger os “seus” cidadãos, entram com a porta dentro de casa, fazendo com a sua deficiente tecnologia inúmeras baixas civis na própria Geórgia. Só espero que a retirada das tropas georgianas do seu próprio (!) território ajudará a resolver essa situação!

À medida que passa o tempo se vão conhecendo mais detalhes sobre os dois indivíduos que assaltaram na semana passada uma agência do BES em Lisboa. Aquele que foi morto terá alegadamente levado o outro a cometer este acto, já que o segundo afinal era “boa pessoa”, tão boa que apertou bem apertadinho uma pistola a um dos reféns! Queria juntar dinheiro e voltar ao Brasil para lá se casar! Pois, isso terá que esperar agora um pouco!

Inicialmente as autoridades não quiseram revelar as identidades desses dois criminosos, mas uma das já famosas fugas de informação (digo eu...) rapidamente acabou com esse segredo. Até já se desconfia que essa dupla terá feito mais assaltos no passado bem recente! Boa pessoa? Uma ova!