25 de Abril?

25 de Abril, sempre! Não, meus amigos, não dei em doido de vez, mas há pouco me lembrei deste lema, ou, pelo menos, do significado que esta frase tem! Pois bem, como os mais assíduos leitores deste blog sabem, no início do próximo mês o nosso coro se deslocará de novo à bela ilha da Madeira, no âmbito do intercâmbio que temos com o coro que nos visitou na semana passada. E, como é habitual em viagens de grupo, há sempre alterações de última hora, desistências não planeadas ou mais uma ou outra pessoa que se queira juntar a nós nessa viagem.

Pois bem. Como membro de direcção deste nosso coro que sou, ofereci-me para tratar do assunto dos bilhetes de avião, já que almoço diariamente relativamente perto da agência de viagem escolhida para esse fim. Pois bem, já lá fui umas 16 ou 17 vezes, e hoje tive mesmo que pedir desculpas pelas inúmeras alterações que essa lista de pessoas já leva. Pois bem, como o número de indivíduos a viajar até ao reino de Adalberto já estava definido, bilhetes pagos, e como no sábado tinha surgido mais uma pessoa a acrescentar, eu próprio me queria “auto excluir”! Porquê, perguntarão vocês? Pelas razões de sempre, digo eu, e nem mais digo...

Pois bem, pensei eu fazer assim, mas pensei mal! Antecipou-se outro indivíduo, por acaso do meu naipe, a fazer o mesmo, ou seja, desistiu em ir, e, tal como eu, com a mesma ideia na cabeça, ou seja, apenas trocar os nomes nos bilhetes, facilmente realizável nos dias tecnológicos de hoje! E sendo esse desistente do mesmo naipe que eu, tive de desistir de desistir, para que outra pessoa não desista de tudo, pois bem! Lá vou eu ter que ir, contra a minha vontade, mas pronto! Para não haver confusões, essas razões têm a ver exclusivamente com a minha própria pessoa, não tem nada a ver com ninguém do nosso coro nem do coro a visitar, que isso fique muitíssimo bem claro!

Agora, o quê é que essa conversa toda tem a ver com o 25 de Abril??? Pois bem, após as minhas desculpas terem sido aceites nessa agência de viagem, seguiu-se uma pequena longa conversa entre a minha pessoa e a simpática senhora que nos está a tratar do assunto. Pois bem, sendo a pessoa a ser incluída na viagem menor de idade, veio à baila a razão de eu me ter lembrado desse dia emblemático. É que, essa menina menor de idade viaja com a mãe, coralista no coro, mas sem o pai. Sei perfeitamente que razões profissionais impedem a ida deste senhor à Madeira e sei também que eles se dão muito bem, fiquei estupefacto com a afirmação que essa menina, para poder embarcar no avião no voo até à Madeira, necessita da autorização escrita, com assinatura autenticada, do pai!!! Nem mais! Se isto não lembra aos tempos da ditadura, não sei! (Não são leis da agência nem da transportadora aérea, mas sim, leis comunitárias!)

Claro que esta obrigação tem a sua razão de ser. É que, já tem havido, no passado, alegados raptos por parte de um dos cônjuges a levarem o seu rebento fora de portas para depois desaparecer sem deixar rasto, e isso tudo sem conhecimento nem concedimento da outra parte do casal. E, sendo assim, e para evitar essas fugas ditas não permitidas, se começou a usar um documento a autorizar a saída de um menor do país de origem. Curiosamente, nem vamos sair do país (bem, há quem diga que sim...), mas mesmo assim é preciso ter esse documento em mãos, senão, não há embarque!