Dia Internacional da Mulher

Hoje comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Só o facto de se “ter” de comemorar um dia assim espelha um pouco a sociedade em que vivemos, do estilo: tomem lá um dia e calem-se! Pois em minha opinião ainda se vive num mundo demasiadamente dominado pelo assim designado sexo forte, o homem. É estranho, já que as estatísticas dizem que as mulheres são maioritárias, pelo menos no mundo ocidental. Então, o que é? Por os homens terem mais força física? Só pode. É a lei do mais forte, portanto.
É sabido que o dia que se comemora hoje teve origem numa greve de mulheres a meio do século XIX, greve que terminou de forma sangrenta. Pois só assim se conseguiu “sensibilizar” as forças dominantes desta sociedade para o problema dos direitos das mulheres, infelizmente. Claro que muito melhorou nestes últimos cento e cinquenta anos, e ainda bem, e espero que nas restantes partes do mundo (partes de África e mundo árabe) esta evolução chegue um dia também.
Regressando ao nosso mundo. No país onde nasci esta evolução dos direitos da mulher naturalmente é mais evoluída, até existe uma chanceler e tudo! Brincadeiras à parte, na sociedade alemã há muito tempo este tema não se põe, salvo raras excepções, a mulher está em pé de igualdade com o homem. Desde que me lembro, elas conduzem, saem à noite sozinhas ou chefiam empresas. Claro que continua a haver diferenças mas não são tão grandes como ainda existem em Portugal, infelizmente. Pois quando cheguei a Beja há já quase 30 anos fiquei bastante constrangido com este facto, não estava habituado. Não sei se é do “machismo” latino, se é o hábito secular dos países do Sul da Europa ou se é simplesmente comodismo por parte das mulheres em se submeter a esta situação.
Ou seja, o dia em que este Dia Internacional da Mulher se deixar de comemorar é quando ele deixará de fazer sentido.
Contrariando um pouco o que escrevi acima, desejo a todas as mulheres um feliz dia que pretende ser só delas!
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