sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Banalidades ou coisas banais

Um assalto hoje em dia já é tão banal que o assalto a uma biblioteca, neste caso a de Beja, não merece ser notícia, até agora, na comunicação social local...

Tudo é banal, tudo é metido no mesmo saco, jogam-se os dados dos exames escolares num computador que no fim “cospe” os resultados das melhores e piores escolas – como se fosse possível avaliar uma escola desta forma...

Uma grande banalidade chamada crise económica é de tal forma tratada de banal que as mais duras medidas de austeridade só agora começam a ser conhecidas...

Ao (tentar) ouvir o debate sobre o Orçamento do Estado na Assembleia da República se fica com a nítida sensação que a banalidade desse orçamento é obrigado a passar para que a forma banal como que a vida de todos nós é tratada possa continuar...

Diz-se que mais de 100 mil cães em Portugal estarão infectados com Leishmaniose...será que alguém liga a essa banalidade? Afinal, são apenas cães...

Há cada vez mais crianças a comerem nas escolas, há cada vez menos dinheiro nos cofres das câmaras para esse fim, e o governo prepara-se para diminuir as verbas destinadas para essas mesmas câmaras – enfim...

Os dias nacionais, mundiais ou internacionais disto ou daquilo são tratados de uma forma bastante banal, do estilo: não me chateiem...a que horas começa esta noite a novela principal da TVI?

Uma banal (banal por ser quase sem efeito na prática) afirmação do presidente da França incendiou a descontente população que começa a paralisar quase por completo esse país – e, se esse foco se alastrar a outros países?
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