Pedofilia na Igreja
Antes de mais, este texto não é para culpar ou desculpabilizar ninguém. Quem sou eu! Este texto é apenas e só a minha opinião sobre o tema e a minha reacção sobre tudo o que se tem falado na comunicação social.
E, vamos começar precisamente por aí, pela comunicação social. Sem ela, nada disso se sabia, ninguém teria conhecimento de casos deste tipo de crime, porque é disso que se trata, de casos de crime. Porém, essa comunicação social, por vezes usa e abusa dos temas que estão na “moda”, e neste momento é na pedofilia que “pegou”! Já foram os hospitais, a sida, a Gripe A, etc. O que está na “berra” agora é a pedofilia, e logo aquela que se passa no mundo dito religioso!
Não estou a dizer que não se devia de falar sobre isto ou aquilo. Longe disso! Os temas, por mais controversos que sejam, têm que ser falados, e, neste caso, denunciados. Porém, há sempre alguém que se aproveita de um certo e determinado tema, de abusar, de exagerar, muitas vezes à custa de alguns ou de um certo grupo de pessoas, estragando-lhes não raras vezes as suas vidas, como já tem acontecido no passado recente, precisamente sobre este tema!
Voltando ao início. Quem sou eu! Sou apenas alguém quem na sua juventude muito lidou com o mundo religioso, fui durante longos anos membro e depois dirigente de um grupo católico alemão, a Kolping. Fui a seminários, viagens, colóquios, encontros disto ou daquilo, you name it. E devo dizer que nunca, mas nunca ninguém fora molestado no meu grupo ou de um outro grupo que tenha tido conhecimento. Em moço, ouve-se tudo, fala-se de tudo e nunca ouvi falar nada disso. Tivemos inúmeros contactos com Padres e Freiras, dormimos em inúmeros lugares religiosos e nunca se passou nada disso. Posso mesmo dizer que foram sempre momentos muito bons, muito agradáveis e de bom companheirismo entre a juventude e o pessoal religioso!
Mais uma vez, não é para culpar ou desculpabilizar ninguém. Porque, o que se pensa hoje em dia que antigamente os seminários eram locais onde se abusava na pedofilia, qualquer criança já terá sido abordado por um pedófilo. Obviamente que há casos, mas nunca na vida era a regra, principalmente na zona da Alemanha que já fora falado nesta comunicação social, na zona de Regensburg. Era nesta zona onde passei grande parte desta minha convivência com este grupo católico, e nunca ouvi nada disso, neste tempo. Tenho as melhores recordações destes locais! Sinto muita pena que esta zona tenha sido “manchada” por casos de pedofilia.
Sim, aconteceu. Foi há muito tempo, é certo. E, claro, é preciso ter mão firme nestes criminosos, porque é isto que eles são, criminosos da pior espécie! Não há nada pior no mundo do que molestar uma criança, abusar dela e marcá-la para o resto da sua vida! É do mais desprezível que há, não me importava até se fosse aplicada a pena capital para estes casos, mas, vivemos em tempos modernos, estes casos têm que ser tratados nos seus devidos locais, ou seja, nos tribunais!
O Papa. Mas, porque raio de razão este Santo Homem (foi o meu Bispo durante muitos anos) está agora sob mira de uma certa comunicação social? Mas o quê é que ele tem a ver com isto? Certo, é o líder dos cristãos, mas, o quê é que ele pode fazer? Vir a público e denunciar esses criminosos? Tomar uma posição oficial sobre o tema? Pode ser que um dia o venha a fazer, mas agora, no “auge” do problema não o deve fazer para não dar “alento” à tal comunicação social, ou seja, dar-lhes razão sobre o que têm escrito. O que ele deve fazer, isso sim, é ajudar a encontrar pedófilos no seio da Igreja, acusá-los na justiça civil e, se a culpa for provada, expulsá-los do círculo religioso. Seria o mais sensato.
Por fim, a relatividade. Sabem quantos padres existem? Pois, nem eu. Certamente são milhares e mais milhares. Agora, pôr em causa todo o mundo religioso por relativamente poucos casos de pedofilia me parece um enorme exagero! Claro, cada caso é um caso amais, é deplorável com já disse, mas agora acusar todos os padres, olhá-los “de lado”, desconfiar de todos é um claro exagero, mas é precisamente isto que neste momento parece estar a acontecer. É um caminho muito perigoso, minha gente, porque não nos podemos esquecer da obra social que a igreja com os seus padres está a fazer. Pôr isto tudo em causa seria muito mau! Aqui, o que tem que prevalecer é o bom senso e a ponderação de cada um para não estragar uma religião, a religião da maior parte de nós, o Cristianismo.
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Etiquetas: Chatices..., Opinião
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